Mais
importante na análise de Furtado, porém, é o fato de que
as classes beneficiadas com essa concentração não se
revelam à altura de seu papel e elite. Ao copiarem os
padrões de consumo norte-americanos, não poupam para
investir e endividam o país no exterior
Ao reproduzirem os padrões de consumo do centro,
reproduzem também, de forma acrítica,
a ideologia externa. Em vez de definirem qual o
interesse nacional e o defenderem, dedicam-se ao "confidence
building". O que lhes interessa é saber o que os
estrangeiros pensam do Brasilnão o que o Brasil pensa
sobre seu futuro.
(Luiz
Carlos Bresser-Pereira, 2002-11-10
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